Já é sabido da importância da inovação para melhorar o desempenho dos pequenos negócios. Inovar no turismo, sob a ótica de criação de novos produtos, pode potencializar a capacidade instalada dos empreendimentos, minimizar os efeitos da sazonalidade e, com isso, melhorar o desempenho dos pequenos negócios.

Neste sentido a criação de produtos de experiências pode ser uma solução eficaz.

Uma inspiração é o empreendimento Redwoods Treewalk situado em Rotorua da Ilha Norte da Nova Zelândia.

A cidade é bastante conhecida por seus parques e atrações geotermais, tendo a floresta como cenário principal para a prática do ecoturismo e turismo de aventura. Caminhadas sobre as copas das árvores, penhascos e diversas tirolesas são atividades que atraem os visitantes.

Mas voltando ao Redwoods Treewalk, o atrativo principal são caminhadas sob as copas de majestosas sequoias com até 75 metros de altura por pontes e plataformas eco-suspensas. A passarela florestal possui 700 metros de comprimento e, floresta, foram instaladas 34 lanternas criadas pelo designer de renome mundial David Trubridge tornando a floresta numa grande instalação a céu aberto. As atividades são oferecidas durante o dia.

Todavia, buscando a otimização do empreendimento e maximizando a capacidade instalada, foi criado um produto noturno (Redwoods Nightlights) a partir da instalação de luzes (leds) e projeções que encantam a todos, criando cenários e momentos memoráveis. O produto está aberto todas as temporadas, o ano todo. É divulgado como uma “Experiência noturna única para todas as idades” e “Uma das melhores coisas para fazer em Rotorua à noite”.

A Acessibilidade também é destaque pois a “caminhada de ecoturismo é adequada para famílias e acessível para todos que conseguem caminhar sem ajuda” disponibilizam um carrinho de bebê adaptado para a experiência.

Quanto a retorno financeiro, acredita-se que este novo produto representou incremento nas receitas. Os ingressos possuem categorias diferenciadas (individual, grupos, famílias // dias e noite) mas, como exemplo, podemos citar: o Combo Noite OU Dia = $39 e Noite E Dia = $60

Mas este é um dos vários exemplos que podemos citar, e que nos fazem refletir: estamos realmente usando a inovação a favor dos negócios? O que podemos para maximizar a capacidade instalada dos empreendimentos? Como criar novos produtos ou atrativos para reduzir a capacidade ociosa nos empreendimentos?

Conhecer mais sobre o empreendimento, acesse: https://www.treewalk.co.nz/

Anteriormente falamos que é Turismo de Experiência apresenta uma nova forma de fazer turismo, onde existe interação real do turista/visitante com o espaço visitado.

Mas como implementar uma experiência e quais os elementos fundamentais para se criar uma experiência turística memorável? Como incrementar as atividades de ecoturismo, onde o contato com a natureza pode ser o palco principal da experiência?

Vamos lá!

Antes de tudo, é preciso que os empreendimentos observem e atendam aspectos básicos de qualidade, que já façam parte do dia a dia; como por exemplo: atendimento, higiene, pontualidade, organização, boa conservação e limpeza.

Importante estar atento às normas e práticas de segurança para o desenvolvimento das experiências, assim como o respeito a sustentabilidade e conservação dos espaços.

O próximo passo é identificar serviços que ativem e estimulem o maior número de sentidos e sentimentos possíveis, buscando uma abordagem mais emocional, despertando os cinco sentidos:
1. SENTIDO: o turismo de experiência precisa de atividades que estimulem os cinco sentidos (visão, audição, tato, paladar, olfato)
2. SENTIMENTO: desenvolver atividades afetivas que apelem para os sentimentos e emoções do turista
3. PENSAMENTO: oferecer atividades que estimulem a criatividade e sejam uma novidade para o turista
4. AÇÃO: proporcionar experiências físicas e de interação entre turistas, a natureza e moradores locais
5. IDENTIFICAÇÃO: focar em atividades que estimulem “experiências pessoais” colocando o turista em contato direto com o contexto ambiental social e cultural do destino.

É interessante utilizar um conjunto de elementos que potencializem a experiência e intensifiquem o envolvimento com o destino.

Espero que as dicas tenham sido úteis para seu empreendimento.

Até a próxima !

Olá..

Antes de iniciarmos nossas interações gostaria de me apresentar rapidamente.

Me chamo Renata Vescovi e atuo no SEBRAE ES desde 2003 e nos últimos anos fui gerente da Unidade de Atendimento Setorial Serviços liderando projetos setoriais de Turismo, Economia Criativa, Saúde, Beleza e Estética, Artesanato e Cultura. Atualmente sou assessora técnica da diretoria para projetos especiais para o segmento de turismo e também coordenadora nacional e gestora do Polo Sebrae de Turismo de Experiência.

O Polo de Turismo de Experiência é liderado pelo SEBRAE ES e, assim como o Polo de Ecoturismo, tem por objetivo criar soluções conteúdos específicos para esta temática, além de disseminar e compartilhar boas práticas.

Mas, afinal o que é Turismo de Experiência?

Nos últimos anos, o perfil do turista ganhou uma nova configuração. Além do turismo regular, os turistas/viajantes buscam serviços que proporcionam momentos que permanecerão na memória, únicos, autênticos; criando uma ligação emocional com os destinos e baseado na experiência.

Mais que ofertar um produto de qualidade, é preciso entregar serviços que proporcionem uma experiência com atividades que estimulem os sentimentos e os 5 sentidos: visão, audição, paladar, olfato e tato.

No Brasil e no mundo, são inúmeros os produtos de turismo de experiência, como por exemplo: participar da colheita de uvas, conhecer os diversos tipos de torra e principais métodos de preparo de cafés especiais, participar de degustação às cegas, fazer um picnic nos campos de girassol, assistir a um por do sol ao som de saxofone, dentre outros.

E você? Certamente, em alguma viagem, já vivenciou um momento inesquecível. E sua empresa? Proporciona aos turistas momentos inesquecíveis?

Compartilha conosco.

Até a próxima !

Procuro informações sobre boas práticas em Acessibilidade para pessoas com deficiência no ecoturismo eu não turismo de aventura.

Olá, poderiam me ajudar a elaborar uma proposta de negócios para um grupo de investidores? Conheço um local e as pessoas que moram na área, mas não sei iniciar um processo de divulgação. Devo reunir todas as possibilidades que imagino para aplicar o Ecoturismo no local e definir os valores e custos?

A oferta de novos produtos e serviços pelos empreendimentos e destinos turísticos tem se mostrado cada vez mais importante para atender as novas expectativas e necessidades dos viajantes no pós pandemia. Mas afinal, o que é um produto turístico?

O Brasil conta com uma enorme diversidade de recursos e, por isso sempre está entre os dez principais países, dos 141 que são analisados pelo Fórum Econômico Mundial, quando o assunto são recursos naturais e culturais.

No entanto, ter apenas a matéria-prima não é suficiente. Os recursos precisam ser lapidados para serem acessados pelo mercado e consumido pelos turistas.

Por exemplo, os recursos naturais precisam ter acesso, sinalização, sinalização interpretativa, em alguns casos, preço, entre outras características para se tornarem um produto.

Outro exemplo são as manifestações culturais como o frevo e o carnaval, que precisam ser materializados em espaços que contém a sua história, apresentem as vestimentas, instrumentos utilizados para que os viajantes possam ter contato com aquele recurso cultural.

Após estes passos a matéria prima pode se tornar um produto acessível ao mercado, ou até uma experiência, se for bem trabalhada com técnicas de tematização, teatralização, storytelling, entre outras.

Você já oferece um produto ou experiência na sua empresa?

A pandemia acelerou alguns processos como o trabalho remoto e as aulas à distância. Isto, somado ao longo tempo de isolamento, cidades e destinos turísticos com muitas restrições de circulação e consumo dos equipamentos e atrativos, fez com que as famílias adaptassem também as suas rotinas e a maneira de viajar.

Accenture, empresa de consultoria internacional, publicou uma pesquisa que apresenta que 79% dos entrevistados disseram que gostariam de trabalhar ocasionalmente em um “terceiro espaço” - um local diferente de sua casa ou local de trabalho - e mais da metade disse que estaria disposto a pagar até US$100 por mês de seus próprios bolsos para trabalhar em um café, bar, hotel ou varejista com um espaço dedicado.

Esta informação nos faz refletir sobre a busca dos turistas por destinos que oferecem mais tranquilidade, contato com a natureza, onde poderão associar o trabalho e aulas online, com passeios e diversão nos horários livres. Com isso, a tendência é que os viajantes permaneçam tempos mais longos nos destinos que possuem este tipo de oferta e se tornem moradores temporários. Desta forma, os destinos deverão estar preparados para oferecer maior conectividade, serviços e produtos diferenciados de alimentação, esporte, entre outros.

Você já percebeu este novo comportamento no seu empreendimento ou destino? Como está se preparando para este novo momento?

Um dos pontos mais relevantes para atender as expectativas dos turistas é entender o seu comportamento, expectativas e motivações. A pandemia e o isolamento geraram transformações importantes no comportamento de consumo das viagens. A busca por locais que ofereçam contato com a natureza, atividades ao ar livre, segurança e protocolos de higiene, experiências relacionadas ao bem-estar e ao equilíbrio emocional e outros quesitos são cada vez mais importantes para a escolha do destino e dos serviços que serão consumidos.
Outro ponto importante são as características das diferentes gerações que estão viajando.

“Por exemplo, a geração conhecida como Baby Boomers - nascidos entre 1945 e 1960 – tendem a ser mais conservadores no consumo, valorizam a durabilidade e conforto dos produtos. Já a geração X – nascidos entre 1961 e 1979 – geralmente são menos materialistas, avaliam a relação de custo-benefício dos diversos tipos de produtos e serviços que consomem. Os da geração Y – nascidos entre 1980 e 1995 – são consumidores conscientes, adquirem produtos e serviços online e dominam as novas tecnologias; os da geração Z são os nativos digitais, nascidos entre 1996 e 2009, preferem consumo com propósito e adoram compartilhar experiências por meio digital. E os Alphas, que nasceram a partir de 2010, são 100% digitais e totalmente influenciados pelo mundo virtual.” Portal Sebrae de Ecoturismo – Trilha de Conhecimento.

A sua empresa está atenta a estas características e mudanças? Como tem se adaptado para conquistar e satisfazer o turista neste novo momento?

O sucesso está diretamente relacionando com a compreensão e atendimento à estas expectativas e diferentes características.

O turista está cada vez mais exigente e em busca de experiências diferenciadas. A experiência em um empreendimento ou destino turístico está relacionada com toda a jornada do cliente, seja antes (momento da escolha), durante ou depois da viagem.

Já refletiu sobre isso? Como tem trabalhado a jornada do turista para ofertar uma experiência memorável?